Quando olhamos para a história da civilização, nos deparamos com mitos que foram cridos, vivenciados e expirados com o tempo por ferir e vitimar seres vivos, seja animais ou humanos. Sacrifícios, ofertas e inimigos foram mortos por uma crença de tradição mística, baseada numa religião ou apenas numa cultura.
O
tempo passa, a evolução da consciência desponta, mas a cadeia que
engrena o mito>obediência>barbárie, é o carro-chefe do
pensamento, não importa o nível de informação e tecnologia que se
irrompe e que pode servir para o bem do Homem.
Organizamos-nos
com neuroses e dispostos a nos encabrestar. Somos obcecados por tudo
que aplaque nossa psicopatia gerada pela ausência de felicidade, que por
sua vez, esta sensação de infelicidade, é gerada pelo modo de vida que
vivemos na sociedade. Submetemos-nos a qualquer formato social que possa
oferecer entorpecimento e isso se dá através do abuso do intelecto
frágil de pessoas que não são estimuladas a pensar com lógica.
A
igreja cristã, com raras exceções, é o maior exemplo desta conexão
alienante. Não precisa ir muito longe para se deparar com uma igreja
onde o ambiente é desconexo da realidade, perfilando um lugar quase
alienígena e irracional. Os jovens, totalmente devotos e entorpecidos
por aquele ambiente, renegam a lógica e a lucidez até o seu atrofio.
Tornam-se os bobos-da-corte, se contentando com a mais esquisita rotina e
com cultos de linguagens irracionais, ilógicas e não poucas vezes,
cômicas.
É
constatável que a ambiência é nutrida pelo tipo de povo que freqüenta,
que por sua vez, desistiu ou nunca teve chance de ventilar a coerência,
assim, a maior bizarrice dita no púlpito é correspondida com améns sem
questionamentos óbvios e balizamentos simples. Por conseguinte, não nos
deixa dúvida, que tais lugares, são as maiores congregações de alienados
e possuem um poder enorme de adoecer pessoas, privando-as do mundo
real, dando-lhes entorpecimentos que os fazem tocar os seus barcos e ao
mesmo tempo, sustentando e alimentando a congregação insana.
Ao
dizer isso, eu não digo que tais pessoas são infelizes, muito pelo
contrário, elas se sentem bem e defendem o servilismo com força.
Hasteiam bandeiras e se orgulham do submundo infantil, porém doentil.
Aplacam as nuvens turvas da vida real, com um mundo de ficção. Um mundo
de mentira, escravismo, capachismo e infantilismo. Não poucas vezes,
temos a sensação de estarmos entrando num hospício, onde seus anárquicos
pacientes mantêm o controle da situação, nus, rodando no alto, suas
camisas de força.
Eles
riem e aplaudem o vergonhoso, dizem amém para a mentira descarada, que
existe para atingir, perversamente, determinados fins e arregaçam as
mangas por declararem falência de seus intelectos a fim de serem
direcionados como marionetes na terra da bênção encantada.
Alguns
se confinam em ambientes hostis pela propaganda enganosa e se deixam
fustigar pelos apaches da fé. Nem de longe se pode comparar com os
anseios repercutidos por Jesus Cristo, pois, apesar da nossa necessidade
de forjar muletas, Cristo nunca se fez valer de uma conexão doentia
para lidar com o Homem.
A
busca de uma resposta que satisfaça ao Homem através da fé não passa
por engrenagens que prendem pessoas num ambiente paralelo, provido de
jargões, atrativos, gincanas, e estratégias bizarras. Nesses ambientes, o
interlocutor é o mais alienígena. Misturam suor, esbravejos, ameaças,
tom de inteligência e uma latente preocupação de “incendiar a igreja”
com seus esforços, descomunalmente, esquisitos.
Toda
essa engrenagem, que se torna o “carro-chefe do pensamento”, não é
nova, mas encantam e arrebatam milhares todos os dias. É duro ter de
conviver com isso, ainda que seja de longe, no outro lado da calçada; de
fora e dissociado até da mínima linha que possa interligar.
A
igreja evangélica no Brasil (com raras exceções) faz o bem à altura que
faz o mal. Ela pode fazer com que o ladrão do morro pare de roubar, mas
o prende num mundo sinistro que o tornará um ser do bem, cheio de
doenças que não afetam a sociedade, apenas o torna esquisito e alienado.
Para nós brasileiros, é isso que vale, não é?
Se
não pode libertar, entorpeça com qualquer coisa que o neutralize.
Ofereça uma liberdade condicionada a loucura e autentique com o emblema
“liberdade em Cristo”.
É
incrível como existem pessoas que respeitam esse tipo de fórceps que
extrai a lucidez. Uma coisa é respeitar o direito de eles existirem e
praticarem suas aberrações, outra, é dizer que isso serve, pois “o
importante é que a igreja está cheia de gente ouvindo a palavra”.
Valha-me Deus. Dizer que a má fé que extorque o dinheiro e a lucidez do
ser humano serve a boa fé é um grande erro.
“O
verdadeiro trabalho cristão e aquilo que no mundo dá os maiores frutos,
consistem em ações negativas: não fazer o que é contrário a Deus e à
consciência.”
Léon Tolstoi, anarquista russo.
Léon Tolstoi, anarquista russo.
2 comentários:
Muito realista seu texto.
Mas por outro lado existem também aqueles que radicalizaram contra a igreja evangélica (digamos que com 90% de razão) e que não conseguem enxergar nada além de escândalos dentro dela.
Criou-se uma modinha dos sem igreja (instituição) onde para estes, ela é 100% perniciosa. Acho que como em todos os lugares e setores da vida, existem os bons e os maus (mesmo porque Jesus nunca pediu para arrancar o joio do trigo) e por isso toda generalização é perigosa.
Abraços
É triste ver como a Igreja Evangélica é só mais um galho de uma grande arvore que tem por objetivo alienarnos. Está mais facil achar uma nota de mil reais jogada na rua do que encontrar uma igreja que pregue o verdadeiro evangelho vivído por Jesus, um evangelho de amor puro e incondicional, de sacrificios (de si mesmo), um evangelho inteligente, que cura e nunca adoece.
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