A chuva que traz vida

A chuva de verão são os cílios do sol,
Corta o amarelo solar,
Realça um contraste peculiar,
Molha a terra,
Alimentando suas raízes,
A chuva de verão se cruza com os raios solares,
Abençoando cada botão de vida,
Cada orifício receptor da seiva maestrina,
A chuva de verão cai sem pedir licença,
Dando vida, abrindo novos caminhos
Aos que a celebram e aos que não a celebram,
Aos que a aceitam e aos que não a aceitam,
Ela batiza a todos e cabem a todos
conciliarem com suas águas,
O tolo prepara um terreno
Que nunca recepcionará bem as águas fugazes,
A enchente existencial,
A erosão devastadorada,
Não são fruto dela, e sim,
Fruto da nossa quebra de equilíbrio, de aceitação, de drenagem,
Então, a terra se fecha e se enrijece,
Sabemos que ela vem,
E mesmo assim, não preparamos a terra,
Sabemos que em nossa terra, a luz e a chuva,
Dançam de modo imprescindível,
O sábio prepara sua terra para que quando
Vem a chuva, suas águas sejam bênçãos,
E por fim, cooperem para o bem nosso,
O tolo não admite o óbvio,
E se afoga no ventre dela,
Da chuva de verão!
Olhai para o sol, pois dele vem
Todo o poder que dá significado proveitoso a toda chuva,
Seus raios irrompem, veementemente,
Para copular nos átrios da terra
Com a água que dá vida,
Onde nascem o fruto, a flor, o pólen.
Esse é o curso natural da vida:
O sol sopra vida nas águas que molham a terra!
No encontro entre a dor e a Esperança,
Nasce a vida!
Amém!

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