O Evangelho Proibido de Judas

Assistam aos cinco vídeos que tratam deste assunto.
Outro assunto abordado, diz a respeito do padre Irineu (início da era cristã/instituiçã o), que ao ver tanta gente morrendo em nome da fé decide entender e definir o que é fé.

Naquele tempo, como sabemos, os evangelhos (boas-novas) se espalharam através de narrações escritas, gerando muitas interpretações e núcleos cristãos diferentes.
Cada lugar, onde se tinha um testemunho, formava-se uma linha de cristianismo.
Foi então que Irineu escolheu os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João entre os, mais ou menos, 30 evangelhos existentes, e o resto, extirpou da sua definição de fé.

Foi, também, a partir de Irineu, que começou a se falar de regra de fé, credo, teologia sistemática e um olhar unilateral aos evangelistas escolhido por ele (se a fé vem dos quatro evangelistas, vem de Deus). E este unilateralismo propôs uma espécie de adoração tanto aos escritos como aos escritores.
A linha de cristianismo do Irineu virou uma corda milenar.
Uma vez, que os ensinamentos vinham desses evangelistas, tudo o que se era ensinado a partir de Irineu, se entendia como supremacia direta de Jesus.
Com isto, foram se eliminando as chamadas seitas, que na verdade, eram outros grupos de cristãos que tinham uma vertente experimental ao qual não coincidia com aquela que um dia viria ser chamada de Igreja Apostólica Romana.

Um desses grupos foi chamado de gnóstico ou cristão místico, gente inserida nos conceitos judaicos, helênicos e orientais.
Irineu os julgou como um grupo de cristãos intelectualistas e místicos, por não aceitarem as liturgizações que estavam sendo definidas e por estabelecerem uma espiritualidade mais pessoal e relacional. Para Irineu, viver um cristianismo sem rédea ortodoxante era considerado algo elitista ou intelectualista, onde cada um seguiria a sua “concepção espiritual”.
Enquanto os de Irineu supervalorizam a implantação da ortodoxia, a fixação de Jesus-morto na cruz e tudo o que hoje se entende por doutrina, os cristãos “’místicos” (será que eles tinham alguma coisa a ver com os magos que foram visitar o menino Jesus?), se relacionava com o Cristo ressurreto e pregavam que o Deus no Universo era o Deus Pessoal, e que sendo pessoal, poderia haver um relacionamento fora daquilo que estava sendo arquitetado no início da era cristã e que viraria um organismo hegemônico e milenar.

E assim caminhou a história do cristianismo, que começou a excluir alguns escritos desinteressantes ao que se cria e que iria atrapalhar na uniformidade da religião, podendo até mesmo, ter dispensado importantes evangelhos.

Espero que não apareça mais ninguém para tirar do que sobrou.

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