Enquanto alguns cientistas crêem na inexistência de Deus por "falta de prova", a mesma fé de descrença não abrange a negação da infinitude do universo, a possibilidade de vidas inteligentes em espaços siderais longínquos e dimensões paralelas como algo, intangivelmente, existente. Físicos já até admitem a possibilidade de uma biosfera paralela aqui na Terra ("alienígena-terráqueos"). - Muita coisa pode se tornar uma possibilidade, menos a existência de Deus. Detectado - ciência religiosa:
- devemos crer na inexistência de Deus! Amém ou não amém, irmãos?
- mas pastor, o senhor consegue provar a inexistência? E se ele habitar lá na extremidade, lá no outro pólo do universo onde nossos satélites e telescópios não alcançam?
- meu irmão, bem aventurado é aquele que creu na inexistência e não viu as provas que ratifica a inexistência de Deus. Deixa de ser Tomé, meu irmão...
Em contrapartida encontramos a maioria da cristandade (assista) querendo transformar o colosso Moisés, no “Moisés-cosmólogo-astrofísico-criacionista-paleontólogo”. Onde seus escritos são interpretados de forma literal de cabo a rabo. Um verdadeiro tratado científico. Erram que nem os apocalipsistas que interpretam ao bel prazer. Para os tais, príncipe Charles, Madonna, João Paulo II, Edir Macedo, foram figuras dignas de ser o Anticristo/falso profeta/besta. Lêem o Apocalipse, acham algo parecido com alguma personalidade, e saem afirmando que o João do Apocalipse, disse que a Xuxa é a Besta que subiu no mar. Algum problema com os escritos de “João do Apocalipse”? Não. Algum problema com os escritos de “Moisés do Gênesis”? Não.
O problema habita nos intérpretes de plantão que ultrapassam o limite da coerência de interpretação, tanto do início como a do fim. Se a bíblia fala que o mundo terá um fim ou se a bíblia fala que Deus criou o mundo, não preciso interpretar como os intérpretes de plantão. Às vezes a bíblia não está querendo “falar muito”. Está quietinha. Apenas tentando traduzir para nós, de modo simples, como sendo contado para uma criança, de uma maneira mais simbólica do que literal. Uma linguagem para falar algo complexo de maneira fácil. Quando Deus diz que criou, eu creio. Se ele falar que fez com suas mãos, eu creio. Mas isso não quer dizer que ele esteja explicitando, minuciosamente, a mecanicidade da criação, afinal, se ele me explicasse todo o processo, seleção e evolução, eu não iria entender nada.
Mal conseguimos compreender uma teoria básica de ciência, imagine há milhares de anos atrás. Para a bíblia ser um livro totalmente científico, ela deveria ter sido psicografada, pois revelações, visões e inspirações seriam insuficientes para relatar, um arcabouço didático e completo de dados científicos sobre a criação e o fim. Deus não se preocupou em provar que ele criou tudo o que existe, Deus apenas disse que criou em sete dias para que crêssemos sem muita explicação. A explicação não seria entendida em uma análise do “passo-a-passo” e muitos menos creríamos mais nele, se Deus ditasse todos os meandros de criação através dos ciclos das eras, seleção natural, as mutações, as recombinações gênicas e os movimentos migratórios e o isolamento, ainda sim, não converteria a humanidade de seu estado de pecado.
Tudo veio de Deus e tudo se findará nele. “Gênesis diz que ele criou em sete dias e apocalipse diz que as tais taças serão derramadas no fim...” Bem...
Com isso, lido nas escrituras, apenas creio que Deus esteve no início e estará no fim acobertando grandes acontecimentos das quais não podemos traduzir literalmente e explicitamente. A verdade está implícita numa linguagem em que não podemos encontrar a mecanicidade (o desdobramento técnico daquilo que Deus fez), a não ser o ato operacional de Deus em todas as coisas. Toda essa verdade implícita poderá ser testemunhada no chão da vida. Enquanto vamos vivendo e examinando a vida como um todo.
Nossa dificuldade é achar broxante Deus criar todas as coisas de um modo natural. Tendemos a achar que o milagre é menor. Nós, crentes, queremos sempre que Deus suba no picadeiro e tire coelhos da cartola. Idolatramos tanto a sobrenaturalidade, esquecendo que Deus pode operar na naturalidade. Enquanto o apocalipse se entroniza através dos cataclismos ambientais em nosso mundo vigente, a gente fica olhando para o George Bush como um suspeito de ser a encarnação apocalíptica. Enquanto a ciência, seriamente, segue descobrindo as estruturas, através da arqueologia, paleontologia, astronomia, física e etecéteras, a gente fica “cientificando” aquilo que se falou com linguagem cabível na arena da fé e não da ciência. Tanto a linguagem da fé e a linguagem da ciência, dão e darão razão a Deus. Sempre. Ainda existem aqueles que acham coisa de “esotéricos”, levar em consideração a ciência para examinar a criação via Deus. Deus criou e deveríamos deixar a natureza e a ciência contar aquilo que elas têm a dizer sobre a criação e o fim. Fé vs Religião é coisa de “religião da ciência” e “ciência da religião”.
A vida foi dada por Deus. Agora que mal há em identificar cada membro, cada tecido, cada DNA, cada célula, cada ponto de energia, cada partícula subatômica, cada parte da perfeita engrenagem orgânica? Deus deixará de ser o criador da vida, só porque o homem conseguiu mapear a estrutura humana ou porque teoriza o surgimento do universo? Lembro de ter visto da rede globo, um pastor dizendo que “Deus não vai permitir a clonagem”. Acho que a pergunta menos incoerente a ele, seria ”se é pecado ou não”, pois a afirmação “Deus não vai permitir a clonagem” estava desatualizada. Enquanto tivermos a ciência como inimiga, sempre estaremos nas margens da estupidez e burrice. Sempre haverá “Kepler, Copérnico, Galileu, Aristóteles, Newton, Einstein” que só serão des-demonizados com o passar do tempo. Deixemos que a ciência desbanque a própria ciência. A ciência honesta, apenas aumentará o nosso motivo de alegrarmos com o Criador. Quem não se alegra ao ver o sr. Drauzio Varela (assista), investigando o corpo humano com todas as suas interações?
Por fim, deixo-vos com um trecho escrito por Caio Fabio: “... As coisas que não entendemos devem ser guardadas por nós como coisas que não entendemos, mas sem que as tratemos como coisas que não existem. Não entendo o Universo, mas nem por isto posso negá-lo. Afinal, eu existo em seu ambiente. Assim, negar as coisas que não se entende é tão louco quanto negar que o Universo exista apenas porque não o compreendo.”
Abraços!
- devemos crer na inexistência de Deus! Amém ou não amém, irmãos?
- mas pastor, o senhor consegue provar a inexistência? E se ele habitar lá na extremidade, lá no outro pólo do universo onde nossos satélites e telescópios não alcançam?
- meu irmão, bem aventurado é aquele que creu na inexistência e não viu as provas que ratifica a inexistência de Deus. Deixa de ser Tomé, meu irmão...
Em contrapartida encontramos a maioria da cristandade (assista) querendo transformar o colosso Moisés, no “Moisés-cosmólogo-astrofísico-criacionista-paleontólogo”. Onde seus escritos são interpretados de forma literal de cabo a rabo. Um verdadeiro tratado científico. Erram que nem os apocalipsistas que interpretam ao bel prazer. Para os tais, príncipe Charles, Madonna, João Paulo II, Edir Macedo, foram figuras dignas de ser o Anticristo/falso profeta/besta. Lêem o Apocalipse, acham algo parecido com alguma personalidade, e saem afirmando que o João do Apocalipse, disse que a Xuxa é a Besta que subiu no mar. Algum problema com os escritos de “João do Apocalipse”? Não. Algum problema com os escritos de “Moisés do Gênesis”? Não.
O problema habita nos intérpretes de plantão que ultrapassam o limite da coerência de interpretação, tanto do início como a do fim. Se a bíblia fala que o mundo terá um fim ou se a bíblia fala que Deus criou o mundo, não preciso interpretar como os intérpretes de plantão. Às vezes a bíblia não está querendo “falar muito”. Está quietinha. Apenas tentando traduzir para nós, de modo simples, como sendo contado para uma criança, de uma maneira mais simbólica do que literal. Uma linguagem para falar algo complexo de maneira fácil. Quando Deus diz que criou, eu creio. Se ele falar que fez com suas mãos, eu creio. Mas isso não quer dizer que ele esteja explicitando, minuciosamente, a mecanicidade da criação, afinal, se ele me explicasse todo o processo, seleção e evolução, eu não iria entender nada.
Mal conseguimos compreender uma teoria básica de ciência, imagine há milhares de anos atrás. Para a bíblia ser um livro totalmente científico, ela deveria ter sido psicografada, pois revelações, visões e inspirações seriam insuficientes para relatar, um arcabouço didático e completo de dados científicos sobre a criação e o fim. Deus não se preocupou em provar que ele criou tudo o que existe, Deus apenas disse que criou em sete dias para que crêssemos sem muita explicação. A explicação não seria entendida em uma análise do “passo-a-passo” e muitos menos creríamos mais nele, se Deus ditasse todos os meandros de criação através dos ciclos das eras, seleção natural, as mutações, as recombinações gênicas e os movimentos migratórios e o isolamento, ainda sim, não converteria a humanidade de seu estado de pecado.
- Quem criou?
- Deus!
- Como?
- Com o seu desejo de criar....
- Criar como?
- Pergunte para Darwin, parece que ele chegou perto de como foi que Deus criou...
- Deus!
- Como?
- Com o seu desejo de criar....
- Criar como?
- Pergunte para Darwin, parece que ele chegou perto de como foi que Deus criou...
Tudo veio de Deus e tudo se findará nele. “Gênesis diz que ele criou em sete dias e apocalipse diz que as tais taças serão derramadas no fim...” Bem...
Com isso, lido nas escrituras, apenas creio que Deus esteve no início e estará no fim acobertando grandes acontecimentos das quais não podemos traduzir literalmente e explicitamente. A verdade está implícita numa linguagem em que não podemos encontrar a mecanicidade (o desdobramento técnico daquilo que Deus fez), a não ser o ato operacional de Deus em todas as coisas. Toda essa verdade implícita poderá ser testemunhada no chão da vida. Enquanto vamos vivendo e examinando a vida como um todo.
Nossa dificuldade é achar broxante Deus criar todas as coisas de um modo natural. Tendemos a achar que o milagre é menor. Nós, crentes, queremos sempre que Deus suba no picadeiro e tire coelhos da cartola. Idolatramos tanto a sobrenaturalidade, esquecendo que Deus pode operar na naturalidade. Enquanto o apocalipse se entroniza através dos cataclismos ambientais em nosso mundo vigente, a gente fica olhando para o George Bush como um suspeito de ser a encarnação apocalíptica. Enquanto a ciência, seriamente, segue descobrindo as estruturas, através da arqueologia, paleontologia, astronomia, física e etecéteras, a gente fica “cientificando” aquilo que se falou com linguagem cabível na arena da fé e não da ciência. Tanto a linguagem da fé e a linguagem da ciência, dão e darão razão a Deus. Sempre. Ainda existem aqueles que acham coisa de “esotéricos”, levar em consideração a ciência para examinar a criação via Deus. Deus criou e deveríamos deixar a natureza e a ciência contar aquilo que elas têm a dizer sobre a criação e o fim. Fé vs Religião é coisa de “religião da ciência” e “ciência da religião”.
A vida foi dada por Deus. Agora que mal há em identificar cada membro, cada tecido, cada DNA, cada célula, cada ponto de energia, cada partícula subatômica, cada parte da perfeita engrenagem orgânica? Deus deixará de ser o criador da vida, só porque o homem conseguiu mapear a estrutura humana ou porque teoriza o surgimento do universo? Lembro de ter visto da rede globo, um pastor dizendo que “Deus não vai permitir a clonagem”. Acho que a pergunta menos incoerente a ele, seria ”se é pecado ou não”, pois a afirmação “Deus não vai permitir a clonagem” estava desatualizada. Enquanto tivermos a ciência como inimiga, sempre estaremos nas margens da estupidez e burrice. Sempre haverá “Kepler, Copérnico, Galileu, Aristóteles, Newton, Einstein” que só serão des-demonizados com o passar do tempo. Deixemos que a ciência desbanque a própria ciência. A ciência honesta, apenas aumentará o nosso motivo de alegrarmos com o Criador. Quem não se alegra ao ver o sr. Drauzio Varela (assista), investigando o corpo humano com todas as suas interações?
Por fim, deixo-vos com um trecho escrito por Caio Fabio: “... As coisas que não entendemos devem ser guardadas por nós como coisas que não entendemos, mas sem que as tratemos como coisas que não existem. Não entendo o Universo, mas nem por isto posso negá-lo. Afinal, eu existo em seu ambiente. Assim, negar as coisas que não se entende é tão louco quanto negar que o Universo exista apenas porque não o compreendo.”
Abraços!
3 comentários:
Sobre este, eu tive que vim até aqui!
Preciso tentar interagir com a turma de ciências lá da faculdade pra mandar esse texto, incandescente, simples e ao mesmo tempo inconcebível para muitos!
Extremamente lúcido!
Já sabe qual o sentimento que tenho, certo?
Um abraço.
m. muito bom.
Eu sei que a biblia só tem um assunto, e ele deve ser universal a todas as culturas, o assunto não é de como o barro virou carne, ou o sopro virou vida.
Mas também sei que ciência é tão falha quanto o homem que a prega.
Quem disse que um fragmento de osso numa pedra é o sentido da vida, ou que vantagem um peixe com asas poderia ter, ainda escolho ser filho do Altíssimo, criado a imagem e semelhança.
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