E Deus criou. Criou? | Nossa odisséia

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A natureza aguarda o dia de sua ressurreição e isso acontecerá num dia especial: o dia em que seremos transformados. Paulo disse e nós assimilamos em vias da irrelevância. A irrelevância aniquilou a criação, causando o desequilíbrio mortal. Deus nos criou e da forma que nos criou, nos fez dar continuidade ao equilíbrio, o controle e as progressividades de todas as coisas. Nós éramos irmãos siameses, desde os primeiros acordes que denunciavam a existencialidade independente da vida, desde os primeiros ensaios, desde os preliminares conluios da existência, desde as micros simbioses, desde as micros explosões de definição de gene.

Fomos feitos para sermos UM em todas as fases de transformações, de ajustes, de robustamentos, de conhecimento e de adaptação. Porém, quando nos adulteramos, adulteramos todo o planeta. O iugoslavo Emir Kusturica, em seu filme “A vida é um milagre”, traduz muito bem a realidade sendo vivida em meio ao caos com um estilo de vida “tristemente otimista” em relação ao contexto caótico. O nosso gênesis dará luz ao nosso apocalipse. Como se não bastasse o que fizemos com nós mesmos e com o nosso planeta, seremos os “agentes de salvação” que nos levará ao alinhamento criativo. E isso só acontecerá, porque Deus quis e não através de “evolução involuída e íngreme” do Homem.

Iremos nos tornar, em vida transfigurada, o marco da restauração. Enquanto este momento não chega, apenas vamos costurando de ponto em ponto, o grande evento de reconciliação da vida com a vida. Serão cessadas a dor do desequilíbrio e a dor da alma que se tornou o próprio pecado. O Homem desagradou a Deus pelo que fez, pelo deixou de fazer e pelo que se tornou. Mas Jesus, ao morrer na cruz, com seus braços estendidos, re-ligou aquilo que se havia rompido. Ao som de Missouri Sky, me vem uma imaginação bucólica, de como será este dia. Este dia, apesar de toda linha teológica e daqueles que não crêem ou não sabem nada, será um dia que não precisará de sol para separar a noite dela. O próprio Jesus será o sol.

Este sol derreterá desde a rocha milenar até o coração mais endurecido, até a alma mais contorcida pela incurabilidade aflorada em nós. Este dia não será composto de 24 horas. Este dia será um portal para um novo mundo, um novo céu, uma nova vida. Este dia será um estado de vida, pois o tempo se reduzirá ante a presença do autor da vida. Quem determinará como será essa transição de status quo, revelará o poder para restaurar, definitivamente, o irremediado. Um ser tão minúsculo como eu, deveria até ter receio de pensar sobre este dia, mas como temer se minha fé diz que ele é meu pai?

Aos meus amigos e irmãos digo: o que é o teu problema perto deste dia? Por que angustias, mesmo sabendo em quem se tornarás naquele dia? Por que choras sendo que naquele dia haveremos de rever os já descansam? Bem sei eu que as expectativas desse grande dia, não podem eliminar a angústia da alma. Por isso, vamos andando, provando do fel e do mel, até chegarmos lá, onde nossa pequena fé encontrará aquilo que ela sempre apontou. Enquanto isso eu vou sorrindo e vivenciando este dia em minha imaginação ao lindo som de
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A própria natureza criada aguarda, com vívido anseio, que os filhos de Deus sejam revelados.
Porquanto a criação foi submetida à inutilidade, não por sua livre escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria natureza criada será libertada do cativeiro da degeneração em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade outorgada aos filhos de Deus. Sabemos que até hoje toda a criação geme e padece como em dores de parto. E não somente ela, mas igualmente nós, que temos os primeiros frutos do Espírito, também gememos em nosso íntimo, esperando com ansiosa expectativa, por nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo.


Palavras eternizadas de Paulo

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