Minha vida sem música é como um sino que não tine

Amigos, algo me fez um bem danado. Muitos de vocês sabem como sou fascinado por música. A fascinação acontece por conta da seguinte manifestação inerente a minh'alma: Amo música de uma forma irrecuperável. Minha vida sem música é como um sino que não tine.

Este amor contagia desde as minhas vísceras até a ultima camada da pele, chegando as áreas intangíveis que engendram sentimentos e sentido de existência. A música é uma arte que nós, só valorizamos, como produto de consumo. Logo, a música deixa de ser uma arte e se torna uma obra consumista. Consumimos só aquela que nos faz bem. Ora, não digo que devemos consumir aquela que a gente não gosta.

Aqui, agora, só quero afirmar que a música é, antes de tudo, uma arte milagreira, pois ela é capaz de produzir, segundo a cada "idiossincrasia musical" e a cada dicernimento de expressão musical, o nosso próprio milagre artístico, o nosso próprio fruto de gosto, tendência e estilo. Não sei, se você crê em Deus como eu, para crer que foi ele quem fez de cada ser humano, artesão de concepção e de assimilação, porém crendo ou não, é unânime a consciência de que o Homem tem dentro de si uma capacidade imensa de criar e moldar suas preferências e gostos.

Quem crê e reconhece o que Deus deu ao Homem, não espera o produto final ou não vasculha se há compatibilidade de estilos ou de ideologia. Quem celebra a manifestação criativa em cada ser, não molda suas preferências, sem antes apreciar a música como arte divina ao Homem. Quem crê que o berço é imaculado, continua dando graças a Deus na produção conforme a individuação artística na individualidade de cada ser.

Desta maneira dou graças a Deus na arte milagreira posta no Homem, como também dou graças nos milagres artísticos gerados por nós como benesses humanas e que por vez, possuem rotulações das mais variadas possíveis, segundo as nossas manifestações e aculturações. Assim sendo, a minha rendição ao reflexo de Deus em nós, torna-se mais abrangente em relação a eteriedade das ações divinas nas entranhas da vida e que podem se tornar mais explícitas a nós, conforme vamos andando no chão da vida e com o coração cheio da graça abrangente e ilimitada.

Esta graça horizontal atinge perímetros que desconhecemos como "obra de Deus", porque ela acontece invisivelmente. O mundo está cheio de corações conforme o Evangelho e que porém, são somente traduzidas através de uma história totalmente inusitada, peculiar e estrangeira a nossa cultura. A motriz de hoje e que veio num momento propício à minha vida, foi transmitida pelo meu amigo, Ney. Ele dividiu comigo algo que demonstra o seu esquadrinhamento em detectar a beleza humana em diversas manifestações, sendo que neste caso, foi o compartilhamento da música: "The First Time Ever I Saw Your Face" (Roberta Flack)

Nesta música, Roberta Flack torna o intangível em melodia, letra e timbre, para serem apreciados como uma colheita do milagre realizado por nós - uma reação do sopro do fôlego de vida a toda Humanidade.


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